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'Corrupção não se trata de um fato isolado de um grupo político' destaca Procurador da Lava Jato em palestra no Oeste

13/11/2017

Cerca de 400 pessoas, entre juízes, promotores, membros do MPF, gestores públicos, estudantes e membros da sociedade em geral compareceram à palestra “O Brasil contra a corrupção: enfrentando causas e não apenas consequências”, na última sexta-feira (10/11), no auditório do Lang Palace Hotel, em Chapecó-SC. Promovida pela ACMP, em parceria com o Observatório Social da Chapecó, o evento teve como convidado o Procurador da República Roberson Henrique Pozzobon, membro da força-tarefa da Lava Jato. O presidente da ACMP, Luciano Naschenweng e o Promotor de Justiça associado Fabiano David Baldissarelli, da Comarca de Chapecó, recepcionaram o integrante do MPF que já esteve em Santa Catarina, em 2016, por ocasião do Encontro Estadual do MPSC.

Durante a palestra, o Roberson elencou dois dos principais desafios da força tarefa nesses três anos de operação: manter a dinâmica de cooperação interinstitucional que iniciou a Operação Lava Jato e buscar a melhor estruturação para atender diversas operações de investigação de esquemas de corrupção pelo Brasil. Ressaltou ainda que a Lava Jato e outras operações de investigação não podem carregar a responsabilidade de resolver a corrupção, quando, na verdade, as causas desses esquemas são estruturais: “O enfrentamento da corrupção sem dúvida é uma missão complexa que envolve fatores não só de educação, como fatores da própria responsabilização daqueles que têm os comportamentos desviados”, salientou.

O Procurador defendeu também que a Lava Jato diagnosticou a corrupção no Brasil de forma evidente, mostrando que não se trata de um fator isolado de um grupo político, mas sim de algo que atinge todos os grupos, setores da economia e diversos funcionários públicos. Neste contexto, Pozzobon acredita que a melhor forma de entender as organizações criminosas que se dedicam à corrupção e outros delitos é conseguir que alguns dos seus integrantes revele seu funcionamento. Por isso, destacou a importância da colaboração premiada, que faz com que um agente da organização revele para as autoridades os detalhes e permita que as investigações ampliem.

Por sua atuação na Operação Lava Jato, Pozzobon recebeu distinções no Brasil e no exterior, entre eles, o prêmio “Prosecutor of the year”, da Global Investigations Review (GIR), em 2015, e o prêmio Anticorrupção, da Transparência Internacional, em 2016. Também conquistou o prêmio Innovare, na categoria “Ministério Público”, o prêmio CNMP na categoria “Redução da Corrupção”, o prêmio AJUFE “Boas Práticas de Gestão para a Eficiência da Justiça Federal” e, ainda, o IV Prêmio da República, “Hors Concours”, da Associação Nacional de Procuradores da República, todos em 2016.

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Assessoria de Imprensa ACMP

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